Emancipados & mediocres no amor

EMANCIPADOS & MEDÍOCRES NO AMOR.Todo ser emancipado intelectualmente, humanizado, sabe que, na lógica do amor, diferentemente da lógica aritmética, 1+1=1. Ou seja, ele sabe que o amor não é uma espécie de soma, mas uma união.Essa união passa pelo respeito, pela toler'ncia e aceitação do outro como ele é, com todas as suas particularidades, com toda a possível estranheza da sua essência diferente, reconhecendo que é exatamente à preservação dessas diferenças que possibilitarão o enriquecimento dessa união e que, justamente por isso, ela deve ser valorizada, cultivada, preservada, entendida, blindada.Nesse sentido, o amor é uma espécie de unidade de contrários ou uma unidade de diferentes, sabendo que cada um, em si, nessa união, faz parte de um todo complexo, constituído, ao mesmo tempo, no pessoal e no coletivo, de razão pulsão e afeto. Isso significa dizer que, no seu julgar, sentir e agir, o ser humano nem sempre é lógico e racional, mas às vezes dotado de contradição interna, porque é justamente essa contradição interna que traz em si que o permite ser capaz de aceitar as diferenças; a contradições, presentes no outro.Sendo assim, o amor é entendido como tudo aquilo que traz equilíbrio e crescimento, num processo dialógico e dialético, coexistente e coparticipativo. Ou seja, de aceitação e diálogo com os diferentes, com as diferenças.O caráter dialógico do amor é uma forma essencial de abominação de qualquer tipo de violência. Onde não existe respeito às diferenças, não pode existir amor, mas xenofobismo, traduzidos e entendidos como machismos, autoritarismos, feminismos - precondição colocada ao outro por todos os que se dizem amantes - mas que não passam de seres com espíritos biocidas.